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Greenpeace detalha planos para um centro de conservação dos oceanos nas Bermudas

No próximo mês, o Greenpeace Nascer do sol ártico navegará para as Bermudas para realizar pesquisas científicas e documentar a vida selvagem no oceano circundante da ilha. A viagem faz parte de uma iniciativa global para promover o Tratado Global dos Oceanos da ONU, que foi promulgado no ano passado.

Durante duas semanas em maio, a organização conservacionista global Greenpeace visitará a ilha das Bermudas para realizar pesquisas e levantamento da vida selvagem no Mar dos Sargaços.

O Mar dos Sargaços é um ecossistema de oceano aberto de dois milhões de milhas quadradas, conectado pelas correntes circulantes do Giro do Atlântico Norte. Situadas bem no seu centro, as Bermudas são responsáveis ​​pela gestão e proteção de uma pequena parte das suas águas.

Durante a sua visita, o Greenpeace pretende promover a criação de um santuário oceânico em alto mar nas Bermudas, aproveitando a assinatura da Tratado Global dos Oceanos da ONU ano passado.

O tratado – que foi 10 anos em formação – concede proteção legal a 60% dos oceanos do mundo (também conhecidos como alto mar) contra atividades como a pesca excessiva por frotas industriais, o despejo de plástico e outras formas de poluição marinha.

A maior parte do vasto Mar dos Sargaços se enquadra na categoria do alto mar, que até recentemente eram um tanto ilegais. Isto é um problema, uma vez que esta área contém uma “floresta tropical de algas marinhas Sargassum” que proporciona um lar único e insubstituível tanto para espécies endêmicas e ameaçadas, incluindo jovens tartarugas marinhas.

A Greenpeace está a pressionar por uma maior atenção e esforços de conservação na região, apelando às Bermudas para que utilizem a sua posição extraordinária liderando o ataque.

Crédito: Greenpeace

Como parte da visita, o Greenpeace sediará vários eventos para reunir, inspirar e educar os bermudenses locais e as partes interessadas sobre a importância da conservação marinha.

Seu primeiro evento acontecerá no dia 7 de maioth e está aberto exclusivamente a estudantes das Bermudas. Os jovens serão recebidos a bordo do Arctic Sunrise para um passeio, bem como para participar em sessões educativas e conversas com activistas ambientais.

Nas semanas seguintes, haverá um evento de limpeza na protegida Ilha Non-Such, um dia aberto para o público visitar o Arctic Sunrise e um dia de workshop com membros do governo das Bermudas e especialistas marinhos para discutir a criação de um santuário oceânico em alto mar.

Esta não é a primeira visita do Greenpeace às Bermudas, com uma viagem concluída em 2019.

Durante essa visita, os investigadores identificaram as maiores ameaças ao ambiente marinho da ilha e avaliaram os impactos que os plásticos e microplásticos estão a ter nas criaturas que vivem no Mar dos Sargaços.

Eles ficaram chocados ao descobrir uma presença maior de microplásticos na área do que aqueles encontrados na Grande Mancha de Lixo do Pacífico.

Com base nestas conclusões, a Greenpeace espera desencadear uma acção sustentável, duradoura e cooperativa para proteger as águas circundantes das Bermudas, que sustentam um ecossistema rico em biodiversidade não encontrado em nenhum outro lugar do mundo.

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