A ONU alertou que apenas um aumento 'massivo' e imediato de fundos e ajuda humanitária evitará níveis de desnutrição rapidamente crescentes em todo o país.
Após relatos de que crianças somalis estão morrendo de fome na frente de trabalhadores humanitários, a ONU emitiu um alerta de que apenas um aumento 'massivo' e imediato de fundos e ajuda pode salvar o país da fome.
De acordo com o da organização intergovernamental, mais de 7.7 milhões de cidadãos precisam urgentemente de ajuda, um número semelhante aos afetados por um dos piores desastres humanitários da história, que ocorreu na Etiópia durante os anos 80.
Para colocar em perspectiva a gravidade da situação, o recém-eleito presidente Hassan Sheikh Mohamud usou seu discurso de posse para apelar para que a diáspora e o mundo desempenhem um papel na salvação de seu povo.
"Essas condições foram causadas por problemas acumulados, incluindo mudanças climáticas, destruição de nossos recursos econômicos e a fraqueza de nossas instituições governamentais", disse ele.
'Portanto, meu governo estabelecerá uma agência para questões ambientais.'
Conforme mencionado pelo Presidente Mohamud, os níveis catastróficos e rapidamente crescentes de desnutrição em todo o país são considerados resultado de severas e prolongadas mudanças climáticas induzidas seca (que viu o Chifre da África experimentar três anos sucessivos de chuvas fracas).
Isso se soma ao aumento vertiginoso dos preços globais dos alimentos, às fraturas políticas e sociais de longa data, bem como à conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia.
Este último teve um impacto sem precedentes na Somália, que obtém 90% de seu trigo – representando dois terços da dieta somali – dessa região.
Não só isso, mas o custo do óleo de cozinha, feijão, arroz e açúcar também duplicou das consequências secundárias da guerra.
“A guerra na Ucrânia, combinada com a crise climática, o impacto da pandemia de COVID-19 e a recuperação desigual, criou uma tempestade perfeita de necessidades nos países em desenvolvimento”, diz o vice-secretário-geral da ONU Amina Mohammed.