O Ministério da Saúde e Cuidados Infantis está a combater um surto de sarampo administrando vacinas a crianças na província de Manicaland, distrito de Mutasa e no resto das regiões do país.
O governo lançou uma vacinação em massa no distrito de Mutasa com o objetivo de vacinar todas as crianças com idades entre os seis meses e os quinze anos – independentemente do seu estado vacinal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde e a UNICEF, a pandemia de Covid-19 interrompeu os programas normais de imunização usados para combater surtos como este, causando uma preocupação com a saúde de quem não conseguiu participar.
“Todas as províncias estão sendo incentivadas a estar em alerta máximo e relatar qualquer suspeita de sarampo à unidade de saúde mais próxima”, dizia parte do comunicado da OMS.
Quais são as principais causas?
O Zimbábue, como nação africana, identifica-se principalmente com suas normas culturais. Um grande número da população ainda pratica medicinas tradicionais e modos de vida. Relatos locais indicam que a maioria dos casos que afetam crianças é causada por pais ou responsáveis que se identificam com esses medicamentos e não adotam alternativas modernas.
Isso fez com que várias crianças perdessem a imunização contra essas doenças em tenra idade. Certas crenças de algumas igrejas contra os medicamentos modernos fizeram com que vários membros os evitassem na maior parte do país.
A propagação do sarampo é atribuída principalmente a reuniões sociais em locais como igrejas. O Ministério da Saúde e Puericultura alertou o público para ser cauteloso e ficar atento aos sintomas durante as interações.
Juntamente com a OMS, a administração das vacinas abrangerá as regiões vizinhas que podem ser propensas à rápida disseminação da doença. Criar conscientização e informar o público sobre os efeitos do surto garantiria que pais e membros da comunidade relatassem quaisquer incidentes rapidamente, pois o sarampo se espalha rapidamente por ser uma infecção do trato respiratório.