A Food and Drug Administration anunciou que não suspenderá a proibição total de homens gays e bissexuais de doarem sangue nos EUA. A política, que existe há mais de 30 anos, foi alterada após ser considerada discriminatória.
A cada ano, cerca de 110 milhões de doações de sangue são coletadas em todo o mundo. Apesar desse número aparentemente grande, os hospitais quase sempre apresentam escassez de estoque.
Isso se deve em parte ao curto prazo de validade do sangue, mas também porque 90% dos indivíduos elegíveis para doar não o fazem com regularidade suficiente, se é que o fazem. Sem mencionar que um grande grupo demográfico de pessoas foi proibido de doar.
Até agora, a Food and Drug Administration dos EUA proibiu doações de homens que fazem sexo com homens (HSH) devido a 'preocupações de que o sangue de pessoas com HIV, o vírus que causa a AIDS, seja usado em transfusões.'
Essa política, que visava impedir homens HSH de doar por toda a vida, entrou em vigor durante a epidemia de AIDS na década de 1980. Naquela época, a tecnologia para testar o sangue para a presença de vírus ainda não estava disponível.
Com esta tecnologia agora acessível, tem havido debate público e protesto sobre a política de prevenção, especialmente porque os americanos testemunharam o Reino Unido, Brasil, Austrália e Japão modificar ou eliminar sua própria proibição de receber doações de sangue de homens que fazem sexo com homens.