Uma organização do Reino Unido sinalizou que o número de mulheres que recorrem ao trabalho sexual para lidar com a crise do custo de vida está aumentando. Seus serviços atuam em diversas cidades do país, orientando as mulheres sobre como se manter seguras no trabalho e como cumprir as leis.
Com a crescente popularidade das plataformas de compartilhamento de conteúdo adulto, como OnlyFans, a definição de trabalho sexual se expandiu e mudou ainda mais para a consciência dominante.
Enquanto as empresas tradicionais de produção de conteúdo adulto eram governadas por uma hierarquia de diretores, produtores e estrelas de cinema, o OnlyFans permitiu que aqueles que participavam do trabalho sexual baseado em conteúdo assumissem o controle total de sua produção.
Todos esses fatores levaram a que a indústria se tornasse um tanto desestigmatizada.
O trabalho sexual pode até ser visto como uma opção empoderadora e atraente para quem busca uma renda extra. Isso soa mais verdadeiro em tempos de dificuldades econômicas imprevisíveis, como a pandemia.
Embora a maioria de nós esteja de volta ao nosso trabalho diário, a inflação está no nível mais alto em três décadas.
No Reino Unido, foi relatado que uma em cada sete pessoas está pulando refeições para reduzir os custos domésticos. Para muitos, a realidade brutal será escolher entre aquecer e comer durante os meses mais frios do inverno.
Como resultado, uma organização de apoio a profissionais do sexo chamada Coletivo Inglês de Prostitutas sinalizou um aumento no número de mulheres envolvidas no trabalho sexual como um trabalho secundário para sobreviver financeiramente.
Ninguém deve ser empurrado para o trabalho sexual pela pobreza. Mas essa é a realidade de muitas mulheres em uma crise de custo de vida.
A criminalização torna a indústria mais perigosa e difícil de abandonar.
A solução é descriminalizá-lo totalmente + atacar as causas profundas.
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— Parlamentar Nadia Whittome (@NadiaWhittomeMP) 2 de dezembro de 2022