À medida que os consumidores exigem maior transparência da indústria da moda, as marcas de alta moda estão reimaginando seus logotipos icônicos para coleções sustentáveis. Mas esses logotipos são apenas símbolos bonitos projetados para mascarar práticas obscuras?
A Logomania não está morta, apesar do que os editoriais e blogs de moda querem que você pense.
Com o surgimento de cada nova temporada, surgem alegações de que roupas impressas com marcas conhecidas estão 'fora', apenas para serem posteriormente refutadas por um punhado de novas coleções contendo camisetas, sapatos e até calças cobertas com eles.
A cultura Hypebeast há muito é sinônimo de compra de marcas sofisticadas e de longo reinado, conhecidas por fornecer produtos de qualidade, mas a expectativa do consumidor de que essas empresas sigam práticas sustentáveis cresceu significativamente na última década.
Muitas marcas se comprometeram a criar coleções de cápsulas, linhas inteiras ou produtos de edição limitada feitos de materiais de origem ética. Junto com essas linhas vêm os spin-offs de logotipos tradicionais, que à primeira vista indicam que um produto faz parte da linha ecologicamente correta da marca.
Basicamente, possuir produtos luxuosos e sustentáveis é mais ou menos um flex para a próxima geração. Vamos dar uma olhada em três marcas que estão fazendo isso – e investigar se seus logotipos não passam de símbolos bonitos que facilitam o greenwashing.
A Prada lançou sua coleção Re-Nylon pela primeira vez em 2019. Ela continha apenas cinco itens – principalmente acessórios como bolsas e cintos – mas todos eram feitos de tecidos de nylon reciclado.
Junto com o lançamento veio um logotipo que lembra o típico emblema triangular da Prada, só que desta vez, ele imita o símbolo universal da reciclagem.
Este ano, a Prada fez parceria com a gigante de roupas esportivas Adidas para lançar uma coleção muito mais extensa feita com as mesmas fibras de nylon recicladas. A linha é composta por itens de prêt-à-porter como jaquetas, calças e as reconhecidas mochilas de couro da Prada.
Ainda, Bem em você dá à Prada uma classificação geral de sustentabilidade de 2 em 5 – não é bom o suficiente – por não minimizar os resíduos têxteis, não eliminar produtos químicos perigosos e não reduzir o uso de água em suas coletas padrão.
Suas práticas trabalhistas mostram pouca evidência de diversidade e inclusão e sua classificação de segurança animal fica em 'ruim', usando angorá, pele de animal exótico, couro, lã, penugem e pêlo de animal exótico.