O Dream Lab altamente experimental do MIT está trabalhando em um dispositivo de 'manipulação de sonhos'. E a melhor parte? As instruções de construção estão disponíveis online.
Passamos um terço de nossa vida dormindo e sonhando. As civilizações antigas costumavam acreditar que os sonhos eram mensagens dos Deuses, enquanto os gregos e romanos os viam como presságios para o futuro. Freud chamou os sonhos de "estrada real para o inconsciente". Embora tenhamos chegado a uma maneira de compreender o que acontece neurologicamente quando sonhamos, e a comunicação divina tenha sido quase universalmente descartada pela comunidade científica, o propósito dos sonhos permanece misterioso.
A natureza nebulosa dos "porquês" e "para quê" levou muitos cientistas a rejeitar o estudo dos sonhos como muito associativo ou metafórico. Também sempre não ficou claro em quais categorias científicas o estudo dos sonhos se enquadra: neurologia? Biologia? Psicologia?
Nossa ignorância em relação aos sonhos é, portanto, mantida neste limbo de confusos encolher de ombros.
Na esperança de superar a estranheza e lançar alguma luz sobre a ciência do sonho, vem a equipe do Dream Lab. Um laboratório dentro de um laboratório altamente experimental, o Dream Lab trabalha na divisão Media Lab do mundialmente famoso Massachusetts Institute of Technology (MIT). No passado, o Media Lab foi o lar de alguns dos projetos mais heterodoxos e esquerdistas em tecnologia, trabalhando em humdingers como um carro dobrável que permite estacionar em apenas um terço de uma vaga e um aplicativo que ajuda você determina o quão seguro está ao caminhar em várias áreas urbanas.
Mas, como o líder do projeto Dream Lab, Adam Haar Horowitz, apontou para a revista Digital Trends SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA, mesmo para o Media Lab, o trabalho do Dream Lab não é convencional. O objetivo do programa é construir um dispositivo vestível para 'hackear' seus sonhos, de uma maneira que a equipe passou a associar ao filme de sucesso de Christopher Nolan Começo.
Para mergulhar no subconsciente, a equipe do Dream Lab criou um dispositivo chamado Dormio, que é usado como uma luva e coleta biossinais. O tônus muscular, a frequência cardíaca e a condutância da pele são monitorados, acompanhando seus estágios do sono, desde a vigília até a inconsciência e o sono REM (o estágio que precipita o sonho).
Quando os biossinais detectam que um assunto está em transição entre os estados de suspensão, o dispositivo aciona uma sugestão de áudio para ser reproduzida. Isso desperta o assunto ligeiramente, mas não o suficiente para atrair a plena consciência. A sugestão de áudio pode ser qualquer coisa, desde um trecho do canto de um pássaro a um dos filmes de Harry Potter e Bach. Espera-se que esse som entre no sonho como um novo conteúdo, desencadeando associações artificiais e alterando o curso do sonho de uma pessoa.