O governo do Reino Unido está sendo processado por ONGs climáticas por não incluir as políticas necessárias para reduzir as emissões da COP26. Eles argumentam que a estratégia atual depende muito de tecnologias especulativas.
Já em apuros por várias partes que podem ou não ter acontecido, o governo do Reino Unido está sendo processado por falhas em sua estratégia climática líquida zero.
Documentos judiciais foram apresentados na quarta-feira sob a alegação de que o não cumprimento dos orçamentos climáticos legais violará a Lei de Direitos Humanos – principalmente, impactando na qualidade de vida dos jovens.
O processo foi preparado e apresentado pela dupla de ONGs ClientEarth e Friends of the Earth, após uma análise cuidadosa do Reino Unido manifesto net zero publicado em outubro. Em retrospecto, o roteiro definitivamente mudou a retórica determinada de Boris Johnson semanas depois na COP26.
Não faltando ambição, mas mais detalhes, a estratégia incluía compromissos para acabar com a venda de novos carros movidos a combustível fóssil até 2030 e caldeiras a gás até 2035. No papel, isso seria uma grande vitória.
Após uma análise mais aprofundada, no entanto, os advogados dizem que essas metas dependem quase inteiramente de tecnologia especulativa, como combustíveis de aviação com zero carbono e captura de carbono. As ONGs já haviam solicitado detalhes sobre como os cortes de emissões seriam feitos em cada setor, mas ficaram desapontados com garantias ainda mais vagas.
“Uma estratégia net zero precisa incluir políticas do mundo real que garantam seu sucesso”, disse o advogado Sam Hunter Jones da ClientEarth. 'Qualquer coisa menos é uma violação dos deveres legais do governo e equivale a greenwashing e atraso climático.'