Após anos de neutralidade inabalável, a ascensão da Suécia à OTAN marca uma mudança dramática na estratégia de segurança do país, impulsionada pelas incertezas do actual clima geopolítico.
A Suécia fez uma mudança histórica na segurança internacional ao aderir oficialmente à NATO em 7 de Março, pondo fim a dois séculos de neutralidade para a nação nórdica. A decisão veio após os acontecimentos da guerra Rússia-Ucrânia, que aumentaram as preocupações de segurança em toda a Europa.
A nação candidatou-se à adesão à NATO em maio de 2022, juntamente com a sua vizinha Finlândia. Deles aplicações foram formalmente apresentados em 18 de maio de 2022.
Ambas as nações sentiram-se cada vez mais vulneráveis e procuraram a defesa colectiva oferecida pela NATO Artigo 5. O artigo afirma essencialmente que um ataque armado a qualquer Estado-Membro na Europa ou na América do Norte é considerado um ataque a todos.
Esta medida não reflecte apenas uma mudança significativa para a Suécia, mas também uma aliança militar reforçada num momento crítico.
A Suécia é agora membro da #NATO. Nossos princípios norteadores como Aliado serão credibilidade, confiabilidade e solidariedade! #SomosNATO pic.twitter.com/6gA3mLtgiF
— Suécia na OTAN (@SwedenNato) 13 de março de 2024
A história de neutralidade da Suécia
Durante o século XVII, a Suécia foi um dos grandes potências militares da Europa. O império sueco consistia na atual Suécia e em nações que iam desde partes da Rússia até o norte da Alemanha.
A Suécia desempenhou mesmo um papel vital durante a Guerra dos Trinta Anos – um conflito religioso e político brutal que devastou a Europa Central, deixou milhões de mortos e remodelou o mapa do continente. As nações militar reformado mudou a maré do conflito. Porém, após ser derrotado pelos russos na tentativa de invadir o país, seu poder militar declinou.
O que se seguiu à perda de poder foi a não participação dos escandinavos em quaisquer conflitos militares. desde 1814. Mesmo durante a Guerra de Inverno entre a União Soviética e a Finlândia, a Suécia optou por permanecer neutra e apenas forneceu ajuda a esta última. Desde então, a sua lealdade começou a mudar para o lado dos aliados, apoiando as ideias de democracia e direitos humanos.
Razões para sua mudança de postura
A mudança histórica da Suécia da neutralidade para a adesão à OTAN foi impulsionada por uma mudança significativa no cenário de segurança europeu, após manter uma posição neutra tanto nas guerras mundiais como na Guerra Fria. Esta política visava evitar que a nação se envolvesse em conflitos e assegurava a sua papel como mediador.
No entanto, a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022, alterou dramaticamente a situação. perspectiva de segurança para a Suécia. Este acto de agressão foi visto como uma ameaça directa à estabilidade europeia, e a Suécia e a vizinha Finlândia sentiram-se cada vez mais vulneráveis. Aumentaram as preocupações sobre potenciais ações militares russas na região do Báltico, dada a localização estratégica da Suécia.
Vários factores contribuíram para a sua decisão, uma vez que a invasão destacou as limitações da neutralidade quando a Rússia parecia disposta a desrespeitar as normas internacionais. Além disso, a falta de preparação militar da Suécia tornou-se uma preocupação premente.
A Incidente 2013 envolvendo bombardeiros russos perto de território sueco serviu de alerta. O incidente demonstrou que as defesas da nação nórdica podem não ser suficientemente fortes para dissuadir ou responder a ameaças potenciais, especialmente as russas, na sua capacidade actual.
Além disso, a sua adesão à União Europeia já implicava um certo grau de compromisso em matéria de segurança. A UE cláusula de solidariedade mútua exige que os estados membros ajudem uns aos outros em caso de ataque, um conjunto de regulamentos distinto do Artigo 5 da OTAN.
A adesão à organização militar foi vista como uma forma de solidificar esses laços de segurança e obter a garantia de defesa coletiva oferecida pela aliança. A Suécia tornou-se oficialmente o 32º membro da OTAN na semana passada, depois da Finlândia ter aderido no início do ano passado.