A Nigéria viu-se mais uma vez mergulhada num estado de angústia e desespero depois de 287 crianças em idade escolar terem sido raptadas na semana passada. As repercussões continuam a repercutir em toda a sociedade, deixando cicatrizes profundas entre milhares de vítimas.
A situação de segurança da Nigéria continua a piorar depois de 287 crianças com idades entre os sete e os dezoito anos terem sido raptadas no noroeste do estado de Kuriga Kaduna.
Outros quinze foram sequestrados na mesma semana por outro grupo. Apesar dos esforços concertados do governo para resolver a questão, os grupos armados continuam a atacar impunemente, explorando vulnerabilidades e incutindo medo em comunidades já atormentadas pela incerteza.
As escolas são agora vistas com apreensão, pois os pais temem pela segurança dos seus filhos. Centenas de escolas na parte norte permaneceram fechadas devido à crescente insegurança. O impacto psicológico nas mentes dos jovens e a violência pairam sobre a vida quotidiana, perturbando a sua educação e comprometendo o seu futuro.
Além disso, a natureza recorrente destes incidentes corroeu a confiança na capacidade do governo de salvaguardar os seus cidadãos. Apesar das garantias do presidente Tinubu, a frequência dos raptos aumentou, expondo falhas sistémicas e vulnerabilidades no aparelho de segurança da Nigéria.
A falta de uma intervenção rápida e decisiva exacerbou ainda mais a desilusão pública, alimentando a raiva e a frustração entre a população.
Do infame Rapto de Chibok desde 2014, onde mais de 200 raparigas em idade escolar foram levadas por militantes do Boko Haram, até aos incidentes mais recentes que atingiram escolas na região noroeste, o padrão de violência contra estudantes tornou-se dolorosamente familiar. Cada incidente serve como uma ameaça sempre presente representada por grupos extremistas.