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Civis etíopes mortos em ataque com drone Tigray

A Etiópia enfrenta uma crise humanitária há mais de um ano. Os ataques de drones de segunda e terça-feira mataram e feriram mais mulheres e crianças, de acordo com relatórios locais.

Nos últimos dois dias, a região da Etiópia atingida pela guerra, Tigray, sofreu ataques de drones matando 19 pessoas e ferindo dezenas.

Na segunda-feira, na cidade de Mai Tsebri, um ataque mortal deixou 17 pessoas mortas em um moinho de farinha, com dezenas de feridos e 16 burros mortos, segundo trabalhadores humanitários. Em um ataque semelhante relatado na terça-feira, duas pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em Hiwane, Mekelle, capital de Tigray.

Os últimos ataques ocorrem depois que o ataque de drones na sexta-feira da semana passada matou 56 pessoas e feriu 30, incluindo crianças e mulheres. Este ataque foi em um campo de deslocados em Tigray. Os relatórios indicam que os ataques de drones estão se tornando mais frequentes na guerra civil em curso na Etiópia.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, ligou para o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy, sobre a violência. De acordo com um comunicado da Casa Branca, “hostilidades em andamento, incluindo ataques aéreos recentes, continuam causando vítimas e sofrimentos civis”.

Biden elogiou o esforço feito por Abiy no anúncio de anistia de sexta-feira aos líderes da oposição e aos idosos do TPLF. Os líderes foram perdoados para criar uma proposta de unidade e diálogo com os dois lados opostos.

A guerra civil em curso matou milhares de civis e deixou milhões de pessoas deslocadas de suas casas desde novembro de 2020.


Qual tem sido a resposta internacional?

Segundo a ONU, a região noroeste de Tigray é inacessível, pois os ataques são frequentes.

A ONU suspendeu suas operações na segunda-feira citando ataques de drones que ameaçam a assistência normal. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, divulgou um comunicado dizendo que a organização e seus parceiros estão mobilizando assistência emergencial urgente para um campo de refugiados que estava sob ataque e custou a vida de três refugiados eritreus.

A região de Tigray é um 'bloqueio de fato'. Isso se refere a ser uma região que está impedindo que alimentos e remédios que salvam vidas cheguem a aproximadamente 6 milhões de pessoas, incluindo milhares que estão em áreas propensas à fome.

Os direitos humanos locais e internacionais levantaram preocupações sobre o aumento das detenções étnicas Tigrayan pelo governo do primeiro-ministro.

O governo refutou as alegações e argumentou que está respeitando os direitos humanos e não está etnicamente envolvido nas detenções.

Os relatórios indicam ainda que o governo tem restrições à reportagem do conflito e prendeu alguns jornalistas.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, foi ao Twitter e ficou preocupado com o ataque de drones e as mortes de civis. O Dr. Tedros, que é um Tigrayan, pediu ainda o fim da guerra e uma ajuda humanitária urgente a ser permitida.

Vamos torcer para que o fim da guerra civil da Etiópia seja uma realidade em breve!

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