Dois estilistas italianos – e fundadores da organização We Are Made in Italy – boicotaram a semana de moda de Milão. Eles afirmam que os organizadores do evento não cumpriram suas promessas de aumentar a diversidade e a inclusão no espaço.
Muitas nações voltadas para a moda têm como missão alcançar níveis mais altos de diversidade e inclusão em suas indústrias locais. Mas a Itália, uma das capitais mundiais da moda, tem sido constantemente criticada por ficar aquém.
É uma realidade decepcionante que foi melhor destacada pela organização We Are Made in Italy (WAMI), fundada em 2020. Desde o início, ela visa aumentar a visibilidade dos designers que lutam para entrar no setor devido a barreiras sistêmicas.
Para isso, a WAMI começou a trabalhar em estreita colaboração com a Semana de Moda de Milão para promover uma maior representação de pessoas de cor, indivíduos LGBTQ+ e pessoas com deficiência no evento.
Mas apenas três anos depois, os fundadores da organização – Stella Jean e Edward Buchanan – tomaram a decisão de boicotar o evento de uma semana.
A dupla diz que os esforços dos organizadores para melhorar a diversidade e a inclusão no cenário da moda local perderam força desde o início de sua parceria. A Camera Nazionale della Moda Italiana (CNMI) – uma organização que defende os valores culturais da indústria da moda italiana – parece ter abandonado a missão de chegar à raiz de onde estão suas maiores desigualdades.