O planeta diminuiu 0.5 por cento em 20 anos. Os pesquisadores acreditam que as mudanças climáticas podem ser as responsáveis.
Meio por cento do escurecimento em 20 anos pode não parecer um grande negócio, mas considerando que a Terra tem 4.5 bilhões de anos, não é exatamente ótimo.
Quando falamos sobre a Terra perdendo seu brilho, não estamos nos referindo à exploração de Marte como um novo tópico quente na planetologia, ou fazendo uma crítica sombria e metafórica contra a humanidade.
Estamos literalmente falando sobre níveis cada vez menores de luz solar refletidos do planeta e de volta ao espaço - que é, aliás, como a Lua obtém seu brilho.
Na verdade, o brilho da Terra é medido com precisão determinando quanta luz está sendo refletida pela superfície lunar. Nos últimos 20 anos, esses números de 'albedo' foram registrados sempre que a Lua é visível em sua forma crescente e em condições de tempo claro.
Examinando dados das últimas duas décadas, pesquisadores atmosféricos declararam que as mudanças climáticas - já consideradas como tendo deslocado o eixo de rotação do planeta - pode ser responsável por um escurecimento gradual do brilho geral da Terra. Embora a correlação possa não indicar causalidade ainda.
O que não se pode negar é que a Terra está absorvendo mais radiação do que nas décadas anteriores, o que coincide com o mergulhos mais notáveis em albedo ao longo de 801 medições registradas.
Analisando dados de satélite no Big Bear Solar Observatory, na Califórnia, o astrofísico Philip Goode acredita que a cobertura de nuvens esparsas acima das costas do Pacífico da América do Norte e do Sul pode ser uma causa chave para as mudanças recentes.