O novo relatório da Amnistia Internacional afirma que as forças militares estão a sujeitar mulheres e raparigas à violência sexual - considerada um crime de guerra pela ONU.
Aviso de gatilho: este artigo contém detalhes sobre atos violentos e agressão sexual. A discrição do leitor é recomendada.
Um relatório recente divulgado pela Anistia Internacional afirma que as Forças Etíopes, as Forças da Eritreia, a Força Especial da Polícia Regional de Amhara e um grupo de milícia chamado Fano submeteram centenas de mulheres e meninas a atrocidades sexuais, causando traumas físicos e mentais.
Em seu relatório, a Amnistia Internacional entrevistou 63 sobreviventes de violência sexual juntamente com médicos. Dos 63 correspondentes, 28 identificaram as forças da Eritreia como os principais infratores de estupro.
A guerra em curso na região de Tigray deixou mulheres e meninas vulneráveis a vários abusos. A guerra - que começou em novembro de 2020 - causou graves danos econômicos e colocou os cidadãos locais em sério perigo.
A fome atingiu a região, causando estragos, e milhões continuam desabrigados.
No início deste ano, o Coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Mark Lockwood, disse que casos de violência sexual estavam sendo relatados pela equipe da ONU. Ele convocou tropas de todos os lados e disse que todos estiveram envolvidos em violações dos direitos humanos contra mulheres e meninas em Tigray.
A ONU está investigando e ainda não divulgou suas conclusões. A Anistia Internacional detalhou vários incidentes diferentes, incluindo calúnias étnicas, ameaças de morte, violência, escravidão e tortura.