Uma equipe de designers em Jerusalém pretende trocar materiais pesados de emissão, como concreto e aço reforçado, por estruturas vivas impressas em 3D feitas inteiramente de recursos naturais.
A impressão 3D percorreu um longo caminho nos últimos 20 anos e está programada para se tornar mercado de US$ 56 bilhões até 2027. Somente no ano passado, escrevemos sobre sustentabilidade moda impressa, projetar utensílios domésticos feito de restos de comida, e até impresso bifes veganos.
O mais recente uso obscuro da tecnologia envolve a impressão de camadas de solo 3D vivo e vertical. Como parte da Semana de Design de Jerusalém, uma instalação chamada 'To Grow A Building' foi inaugurada e apresentava uma dúzia de estruturas de terra – todas contendo raízes verdes densas e até rabanetes comestíveis.
Reminiscente de uma bomba de concreto, uma máquina projetada sob medida foi alimentada com solo semeado e usada para formar várias formas geométricas de diferentes tamanhos. A partir daí, fertilizantes e regas regulares garantiram que a plantação natural florescesse e reforçasse cada estrutura.
Isso pode parecer experimental, mas está longe de ser apenas uma demonstração de tecnologia. A instalação está enraizada em preocupações muito pragmáticas e pertinentes; principalmente, que o uso contínuo de concreto e aço na construção civil é responsável por cerca de 22% de todas as emissões globais.
"Queríamos criar uma arquitetura feita de materiais totalmente orgânicos e locais que você não precisasse transportar materiais do outro lado do mundo", diz Não Nathansohn, um arquiteto que trabalhou neste projeto com um grupo de outros sete designers.
Se você acompanha o Thred há algum tempo, provavelmente saberá que esta não é a primeira vez que materiais sustentáveis são impressos em camadas para criar estruturas habitáveis. No entanto, é definitivamente o primeiro a oferecer vegetais selecionáveis.