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Abuso contra Vinícius Jr renova apelos para enfrentar racismo no futebol

A estrela do Real Madrid, Vinicius Jr, foi alvo de insultos racistas durante um empate da La Liga contra o Valencia no domingo. Companheiros de equipe do passado e do presente desde então apoiaram o jogador de 22 anos, junto com o mundo do futebol em geral.

O belo jogo, às vezes, pode ser extremamente feio.

Uma das estrelas mais emocionantes do futebol, Vinicius Jr, foi alvo de insultos racistas durante a partida do Real Madrid pela liga espanhola contra o Valencia no Estádio Mestalla no domingo.

Este é o mais recente de uma série de tiradas intolerantes dirigidas ao brasileiro desde que ingressou no clube há cinco anos.

O mérito esportivo de o Valência ter conquistado os três pontos do atual campeão da La Liga e da Europa foi perdido em um frenesi de emoção e desordem, com o time visitante apresentando uma queixa oficial de crime de ódio em tempo integral.

Desde então, o jogador lamentou a falta de ação das autoridades do futebol espanhol ao longo de vários anos, twittando:

'O racismo é normal na LaLiga. No futebol eles acham normal, a federação também – e o adversário incentiva. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é do racismo'.

O que aconteceu durante o jogo?

Durante um intervalo no final do segundo tempo, Vinicius Jr abordou os painéis publicitários e apontou um grupo de torcedores do Valencia que o haviam abusado racialmente.

Compreensivelmente dominado pela raiva, o brasileiro atirou verbalmente contra a torcida antes de explicar a situação aos colegas profissionais em campo e, eventualmente, ao árbitro.

A minutos do apito final, ainda perdendo para os blancos, Vinicius Junior recebeu cartão vermelho direto por levantar o braço para o atacante Hugo Doro, do Valencia, em meio a uma multidão de corpos.

De forma polêmica, no entanto, os árbitros não verificaram a filmagem imediatamente antes do incidente, que mostrava Vinicius sendo segurado pela garganta por um período prolongado por Doro.

A indignação de Vinicius era visível para todos e seus companheiros o guiaram fisicamente até a linha lateral enquanto ele aplaudia com sarcasmo a loucura da decisão e o comportamento deplorável diante dela.

Logo após o jogo, o brasileiro postou um História do Instagram lendo: 'O prêmio que os racistas ganharam foi minha expulsão! Isso não é futebol, isso é @LaLiga'.

'É uma vergonha sofrer racismo, se defender e depois ser expulso tentando se defender', disse o companheiro de Real Madrid Eder Militão. 'Quanto tempo temos que aturar isso?'

Esta manhã, a polícia espanhola respondeu por prendendo quatro indivíduos, mas não das arquibancadas no domingo. Uma multidão de torcedores do Atlético de Madri supostamente pendurou uma efígie de Vinicius em uma ponte em Madri na preparação para a eliminatória da copa em janeiro passado.

Reação da comunidade do futebol em geral

Embora este não seja um incidente isolado, a reação da comunidade do futebol permanece tão palpável quanto podemos lembrar desde o Mario Balotelli história de 2019, ou Valencia deixando o campo de jogo em 2021 para apoiar Mouctar Diakhaby.

Isso se deve em parte à contínua ignorância do presidente da La Liga, Javier Tebas, que essencialmente acendeu Vinicius alegando que ele não havia tomado a iniciativa de comparecer às reuniões sobre o assunto. Tolamente, ele assumiu essa postura peculiar no Twitter de todos os lugares.

"Tentamos explicar a você o que é La Liga e o que ela pode fazer em casos de racismo, mas você não compareceu a nenhuma das duas datas combinadas que você mesmo solicitou", disse. tuitou Tebas. 'Antes de criticar e insultar a La Liga, você precisa se informar direito Vinícius'.

'Omitir-se só o torna igual aos racistas' respondeu Vinícius. 'Não sou seu amigo para falar sobre racismo. Eu quero ações e punições. Hashtag não me move'.

Postagens de organizações e pilares do futebol continuam a aparecer a cada minuto expressando elogios ao jovem e indignação com a posição assumida pela La Liga.

Ex-internacional da Inglaterra Rio Ferdinand pediu que Tebas renunciasse ao cargo, rotulando sua resposta de 'nojenta, embaraçosa' e 'fora de alcance'.

O governo do Brasil, por sua vez, decidiu enviar uma poderosa mensagem de unidade após um dia de raiva e condenação.

As luzes apontadas para a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foram apagadas à noite 'como símbolo da luta coletiva contra o racismo e em solidariedade ao jogador e a todos que sofrem preconceito no mundo'. afirmação ler.


Onde ações devem ser tomadas

Mostrar apoio é uma coisa, mas é consenso que as recriminações são essenciais para impedir que a história se repita – o que Vinicius demonstrou em uma série de Postagens no Twitter Que remonta a 1997.

A organização central anti-racismo do futebol, Chute-o para fora, implorou às autoridades espanholas que estabelecessem um precedente fazendo prisões e aos clubes que acelerassem o processo de proibição vitalícia de estádios.

“Os perpetradores desse racismo chocante e contínuo precisam ser punidos e banidos pelos clubes. Os clubes precisam ser responsabilizados e sancionados pela La Liga. As autoridades espanholas precisam tomar mais medidas contra este problema. Até agora, não está funcionando'.

Vinicius ecoou a noção de que tanto a liga quanto o clube anfitrião devem ser penalizados diretamente, levando os executivos a criar salvaguardas ativamente e responder a incidentes com o nível de urgência necessário.

'O que falta para criminalizar essas pessoas? E punir os clubes esportivamente? Por que os patrocinadores não cobram La Liga? As televisões não se preocupam em transmitir essa barbaridade todo fim de semana? ele perguntou.

Técnico do Real Madrid Carlo Ancelotti, tendo testemunhado vários incidentes racistas ao longo de sua carreira, declara que as partidas 'devem ser interrompidas' ou os treinadores removerão seus jogadores da linha de fogo.

'Para que isso aconteça, há algo errado com a liga', diz ele. Infelizmente, a triste realidade é que a escala do problema vai muito além da La Liga.

Atualização (quarta-feira, 24/05): Mais uma três prisões foram feitas em relação às ofensas no jogo Valência no domingo.

 

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