Um fazendeiro brasileiro foi condenado a pagar uma multa colossal de US$ 50 milhões depois de destruir uma grande área da floresta amazônica para abrir espaço para a criação de gado. Ele também recebeu ordens de restaurar a área, o que não será pouca coisa.
Na semana passada, um tribunal federal brasileiro congelou os bens do criador de gado Dirceu Kruger para pagar pelos danos que causou à Floresta Amazónica e ao clima global.
O pecuarista é responsável por causar o desmatamento generalizado na Amazônia para abrir espaço para fazendas de gado. Ele usou motosserras para cortar árvores, depois ateou fogo na área para limpar o terreno e plantou grama destinada ao pastoreio do gado. Este dano é visível em imagens de satélite.
A Procuradoria-Geral da República levou o caso à Justiça, representando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Este não foi o primeiro encontro do IBAMA com Kruger, tendo-o anteriormente forçado a pagar uma multa depois de ter destruído 5,600 hectares de florestas estatais nos municípios de Boca do Acre e Lárea.
Construindo o caso mais recente, os advogados apontaram que Kruger não só causou danos significativos à Amazônia, mas também prejudicou o sistema climático do planeta. Fê-lo, em primeiro lugar, queimando a vegetação, que emite dióxido de carbono para a atmosfera, mas também eliminando parte de um sumidouro vital de carbono.